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06/08/2017
1) O que é o espasmo hemifacial?
O espasmo hemifacial é um quadro caracterizado por contrações musculares involuntárias que normalmente atingem um lado do rosto. Em consequência, o paciente pode apresentar vários episódios por minuto de fechamento ocular, contração da bochecha e dos músculos da boca e, eventualmente, até de músculos sob a pele do pescoço, gerando um desconforto pessoal e social. Na figura pode-se observar um paciente com espasmo hemifacial a esquerda.
2) O que causa o espasmo hemifacial?
A maioria dos casos se deve a uma irritação no nervo facial, a qual pode ser secundária a uma compressão vascular ou, mais raramente, por tumores intracranianos, malformações, entre outras causas. Pacientes com passado de paralisia facial também podem evoluir com um quadro semelhante ao espasmo hemifacial.
3) Qual a frequência e idade de início dos sintomas?
O espasmo hemifacial acomete 0,8 pessoas em cada 100.000 habitantes. Em geral, acomete indivíduos após os 40 anos de idade e tende a ser mais comum em orientais.
4) Como o espasmo hemifacial é tratado?
A base do tratamento do espasmo hemifacial são aplicações periódicas de toxina botulínica (por ex.: Botox®, Dysport®, etc…) nos músculos acometidos. Tal procedimento é realizado em consultório médico, sob anestesia tópica. Este tratamento visa a redução do número de contrações, sem ocasionar fraqueza excessiva ou assimetria facial após o tratamento. Medicações por via oral podem ter um benefício modesto.
Nos casos em que há compressão vascular identificável, pode-se considerar uma descompressão cirúrgica. Porém, como a taxa de recorrência é em torno de 10% e podem ocorrer complicações sérias no pós-operatório, este procedimento é raramente indicado.
Autoria: Dr. Guilherme G. Riccoppo Rodrigues
Fonte da imagem: http://inmunoproductos.blogspot.com.br/2014/07/espasmo-facial.html